Seleção se desdobra, faz variações na sua estratégia e consegue superar a Colômbia no Nilton Santos
Foto: Lance!
Tite muda rota da sua estratégia no decorrer da vitória por 2 a 1 sobre a seleção ‘cafetera’ depositando a ficha na polivalência de seus jogadores
O decorrer do segundo tempo já trouxe um novo panorama canarinho. Com a entrada de Roberto Firmino, a Seleção começou a imprensar a “cafetera” contra sua própria área. Os 71% de posse de bola nos 45 minutos finais, dessa vez, resultaram em chances reais de gol.
Assim, a equipe conseguiu dez finalizações – o dobro da etapa inicial -, sendo três na direção da meta defendida por Ospina – o triplo.
No geral, somando os dois tempos, o Brasil teve 15 finalizações, mas apenas quatro foram na direção do gol – ou seja, apenas quatro tiveram chances reais de balança as redes. Os números retirados do site “SofaScore” evidenciam um retrocesso da Seleção nesse sentido. Veja a comparação abaixo:
1ª rodada – Brasil 3×0 Venezuela: 18 finalizações (sete no gol);
2ª rodada – Brasil 4×0 Peru: 17 finalizações (nove no gol);
3ª rodada – folga da Seleção
4ª rodada – Brasil 2×1 Colômbia: 15 finalizações (quatro no gol).
Dessa maneira, com um aproveitamento ofensivo ruim em relação às demais apresentações, a Seleção precisou mostrar resiliência e recalcular a estratégia para poder vencer. As substituições promovidas por Tite na etapa final explicam o resultado positivo.
O treinador, pouco a pouco, foi adequando os setores. Entraram dois centroavantes de ofício (Gabigol e Roberto Firmino), e Lucas Paquetá, que age tanto como meia quanto como segundo volante. Além disto, entraram Everton Cebolinha, atacante que atua pelas pontas, e Renan Lodi, lateral capaz de complementar o meio de campo.
A distribuição promovida por Tite mostrou seu desejo de aumentar em seus convocados o potencial de serem polivalentes.
– Foi uma sequência. Primeiro dois externos, com Firmino por dentro para fazer o movimento e contra-movimento de infiltração. Uma liberdade para saída para os laterais dos dois, uma conduzida com o Fred e ser mais um jogador. Conforme o jogo ia se apresentando, colocamos Paquetá para dar uma agressividade maior… – afirmou Tite, que destacou sobre Firmino:
– É um 9 que é 10. Ajuda na articulação e na chegada – complementou.
O auxiliar César Sampaio também detalhou as funções dos demais jogadores que entraram em campo.
– Lodi teve a função de completar este quinto homem ofensivo, O Cebolinha para dar amplitude, o Gabriel Barbosa como homem flutuador para atacar esse espaço central. Enfim, fomos potencializando movimentações ofensivas colocando a Colômbia para trás. Corremos o risco do contra-ataque, porém, tivemos nível de concentração. Confiamos até o fim, tínhamos o domínio – declarou.
Assim, a Seleção Brasileira tornou-se mais ofensiva, invadiu o campo de defesa colombiana e trouxe mais efetividade à posse de bola. Embora não tenha sido um grande desempenho no aspecto tático, especialmente porque faltavam poucos minutos para acabar o jogo, o time mostrou frieza, foco e, então, arrancou a vitória “no coração”, já nos minutos finais, com Casemiro.
– Acho que o mentalmente forte é a grande ênfase que tem que dar hoje. A equipe sempre mentalmente forte e sempre querendo o objetivo, que é a vitória. Acho que essa foi com o coração, com a raça e determinação – destacou Casemiro, ao fim do jogo.
A ânsia por buscar o gol ratificou uma certeza de Tite.
– Não importa quantos você tem na frente, mas com quantos tu chega na frente! – declarou.
O Brasil volta a campo no próximo domingo, no Estádio Olímpico de Goiânia, às 18h, contra o Equador. A partida é válida pela quinta rodada da Copa América.
Fonte: Terra